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           O termo “Trauma” é usado para definir aqueles eventos que envolvem lesões teciduais causadas por um agente físico, de maneira inesperada ou não. Estas lesões podem variar desde simples ferimentos sem gravidade até ferimentos muito severos ou até fatais.

              A causa fisiopatológica destes ferimentos é basicamente a troca de energia entre as estruturas do corpo humano envolvidas e o objeto ou fonte de energia, causando a ruptura dos tecidos e consequentes repercussões fisiológicas. Neste sentido, diversos mecanismos e fontes podem dar origem a estas lesões.

        Lesões causadas por procedimentos médicos ou cirúrgicos também são consideradas lesões traumáticas, portanto apresentam os mesmos efeitos fisiopatológicos. Entretanto, sua execução de forma programada e controlada permite que estes efeitos sejam previstos e mitigados através de cuidados e técnicas próprias.

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          As lesões traumáticas inesperadas, também conhecidas genericamente com “Acidentes” são as que apresentam grande incidência e maiores preocupações do ponto de vista epidemiológico. Podemos citar como principais mecanismos envolvidos nestas lesões os acidentes de transporte, os atropelamentos, as agressões, as quedas de altura, as quedas da própria altura, as queimaduras, mordidas por animais, etc.

         Os ferimentos causados por esses mecanismos podem se dividir classicamente em 03 tipos, não havendo necessariamente correlação entre o tipo e gravidade:

 

  •  * Traumas contusos ou fechados – onde não existe exposição de órgãos ou tecidos, mantendo-se a integridade da pele.
  • * Traumas penetrantes ou abertos – onde a barreira da pele foi rompida e existe exposição de órgãos ou tecidos subjacentes
  •  * Traumas mistos – onde existe uma combinação dos dois tipos anteriores
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                No Brasil, as mortes por causas externas representam um grave problema de saúde pública, abrangendo acidentes, violências e suicídios. Essas mortes impactam principalmente jovens e adultos em idade produtiva, trazendo consequências devastadoras para famílias e comunidades. Dados indicam que acidentes de trânsito, violência interpessoal e auto infligida estão entre as principais causas.

              O país enfrenta desafios significativos na prevenção desses óbitos, incluindo a necessidade de políticas públicas eficazes, investimento em segurança viária, promoção da saúde mental e fortalecimento das redes de apoio social.

                De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o quarto colocado em número de mortes por trauma das Américas, atrás apenas da República Dominicana, Belize e Venezuela. Segundo nosso Ministério da Saúde, cerca de 150 mil pessoas morrem anualmente no Brasil, em decorrência de lesões traumáticas. Esse número é quase 3 x maior que o número de mortos na guerra do Vietnã, que durou 07 anos.

            No Brasil, o trauma mata 1 pessoa a cada 4 minutos. Durante a Guerra do Iraque, a violência matava 1 pessoa a cada 15 minutos.  São números bastante expressivos que representam vidas perdidas. São pais, mães, filhos e filhas que saíram e não voltaram mais para casa, vítimas de alguma situação que poderia ser TOTALMENTE evitada.

           Programas de educação e conscientização são essenciais para mitigar os riscos, bem como o fortalecimento do atendimento de emergência e reabilitação das vítimas. A cooperação entre governos, organizações não governamentais e a sociedade civil é fundamental para desenvolver estratégias integradas que abordem as raízes multidimensionais das mortes por causas externas, visando um futuro mais seguro para todos no Brasil.